Escolhas produtivas

"Nada é mais difícil e, portanto, tão precioso, do que ser capaz de decidir." Napoleão Bonaparte

Tomar uma decisão é uma das coisas que mais tomam tempo na vida. Ocupam a nossa mente e nos deixam preocupados. Hoje eu quero falar sobre essa dificuldade e maneiras de otimizar esse processo de tomar decisões.

A primeira coisa a levar em consideração ao fazermos uma escolha é perceber o nível de clareza que temos sobre o que estamos escolhendo, sobre as nossas alternativas e caminhos possíveis. Entender o contexto, reunir informações é o que vai nos ajudar a estabelecer uma escala de valor para o que precisamos fazer ou é demandado de nós. 

Quando não temos essa clareza ao fazermos uma escolha, todos os caminhos possíveis podem parecer igualmente satisfatórios e importantes. E aí entra uma técnica que eu aprendi em gestão de riscos: classificar as atividades quanto a complexidade, impacto e probabilidade antes de tomar uma decisão.

Ela funciona assim:

A melhor escolha é a que vai te trazer maior impacto positivo (resultados), é mais possível e menos complexa. Mas em cada momento seu de vida você vai avaliar diferente. Por exemplo: em uma fase em que você está com baixa energia e disposição, a dimensão complexidade tem um peso maior, percebe?

Outra ferramenta interessante de aplicar aqui é a matriz de perdas e ganhos. Eu uso ela muito para esclarecer objetivos e você pode baixar ela aqui para analisar o que você ganha e perde com cada escolha.

Aos poucos você vai perceber que, no fundo, você já sabe a sua escolha. As ferramentas só te ajudam a esclarecer suas prioridades. 

O que acontece, e é ai que mora a dificuldade, é que alguns caminhos que precisamos tomar não são os que gostaríamos. Ou são os que nos trarão perdas, ou ainda vão nos tirar da zona de conforto e provocar mudanças para as quais não estamos preparados. É aí que a escolha e processo de tomada de decisão vira preocupação e ocupa a mente.

A parte que dói é encarar a renúncia, a perda das opções não escolhidas. É encarar a responsabilidade a respeito dos seus atos, sem culpar o outro ou as circunstâncias. Se a gente já concordou que quando a gente quer a gente encontra tempo, você precisa lidar com a realidade de que o que você não fez foi porque não quis, porque escolheu não fazer. Precisa encarar os olhares confusos e a mágoa e indignação de quem não conhece os seus valores e prioridades.

Escolhas produtivas, são aquelas em que você pondera suas alternativas, prioriza de acordo com seus critérios, de maneira consciente levando em conta o que é importante pra você. Nelas você está forte e seguro de si. 

Como conseguir essa força? Através do autoconhecimento, que vai te guiar e sustentar suas escolhas. É dentro de você que estão todas as respostas.

Uma coisa que é bastante afetada pelas suas escolhas é o seu foco. Eu falo sobre isso no meu capítulo no livro Mulheres que Inspiram, você pode saber mais sobre ele aqui.