Quero fazer tudo e não faço nada

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Como a gente se apega as atividades né? E não só as atividades, mas ao que a gente acredita que seja esperado dos papéis que a gente desempenha. Como deve ser uma boa mãe, uma profissional e empreendedora de sucesso, uma boa esposa, uma boa amiga, cidadã e mais tantas outras responsabilidades que a gente impõe a si mesmo a ponto de se ver atolado em expectativas.

A gente quer ser perfeito, mesmo sabendo que perfeição não existe. A gente quer abraçar o mundo, mesmo sabendo que o mundo não cabe nos nossos braços. E essa angústia entre o que a gente imagina que deveria, ou acha que quer, fazer e o que é possível dentro dos nossos limites nos sufoca.

A gente quer fazer tudo, aproveitar todas as oportunidades, levar adiante todas as ideias e projetos interessantes, concluir todas as pendências, bater todas as metas. Só que, ainda que isso tudo fosse possível, no instante seguinte apareceriam novas ideias, projetos, pendências e metas. Não faz sentido então procurar a felicidade na tentativa de dar conta de tudo.

Até porque, quando a gente tenta dar conta de tudo a gente acaba não fazendo nada. É tanta coisa, o monstro fica tão grande, que a gente paralisa e não sai do lugar. Já se sentiu assim? Paralisado no meio de tanta coisa que você precisa fazer sem saber por onde começar?

Tenho certeza que sim. Só que nessas horas o que você pensa? Qual a busca que você coloca no google pra te ajudar? "Como priorizar minhas atividades" ou "como ser mais produtivo"? E se você tentasse buscar por "como desapegar do que não faz mais sentido" ou "como descobrir o que realmente importa"?

Eu acredito que se conscientizar de que não precisamos fazer tudo e então fazer o melhor que a gente pode um pouco por dia é um bom caminho. Assim como é um ótimo caminho também aprender a curtir e se conectar com cada coisa que a gente faz e ser feliz no caminho. 

Menos atividades, mais conexão. A organização pode te ajudar a estruturar processos e ferramentas para tornar esse caminho mais fácil, mas cabe a você entender que nem tudo pode ou precisa ser feito por você e que é melhor fazer pequenas coisas possíveis e se colocar em movimento do que mirar no impossível.

Faz sentido pra você?

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