Cada um no seu tempo

Um está diretamente relacionado ao outro e ambos fazem toda a diferença na construção de uma rotina equilibrada e na sua sensação de produtividade. 

As duas perguntas que abriram esse post podem soar simples e óbvias mas elas não são. Não são porque a gente tem vivido tempos acelerados, de sobrecarga em que nos forçamos a fazer sempre mais em menos tempo em uma corrida meio louca em que as vezes nem sabemos onde ou quando vai ser a linha de chegada. Isso sem falar na competição, em olhar sempre o outro como parâmetro de sucesso e evitar olhar pra dentro. 

Eu as vezes ainda caio nessa armadilha, de entrar no ritmo do mundo, em tentar seguir padrões achando que a minha vida vai ficar mais fácil. Só que é meio ilusão e acaba que a vida fica é muito pior. E então eu tenho que parar, respirar e me lembrar das minhas prioridades e tentar entender as minhas necessidades para o momento.

Esse é o primeiro passo pra ter uma rotina equilibrada, aliás...se observar, sentir, respirar fundo. Olhar pra dentro, olhar em volta. Sentir seu nível de disposição, suas necessidades, seus desejos. E dai tentar respeitar essas suas necessidades estruturando ou ajustando sua estrutura de rotina pra o que você está precisando no momento. Exemplo simples: trabalhando a tarde, sinto dor de cabeça, respiro fundo, olho meus compromissos e vejo se dá pra encaixar um cochilo. Ou fico travada em um texto, as palavras parecem não fazer mais sentido, eu paro, vou fazer outra coisa e depois volto. 

Nem sempre a gente vai conseguir respeitar nosso tempo, é verdade. Algumas vezes a gente precisa seguir o ritmo do mundo a nossa volta, por vários motivos. O ponto aqui não é viver a sua maneira dando as costas pro mundo. A ideia é interagir com o mundo ciente do seu próprio ritmo, fazendo escolhas ao longo do caminho por acelerar e desacelerar conforme fizer mais sentido pra você no momento. 

O que não é legal é não saber reconhecer suas necessidades, ou sempre dar as costas pra elas colocando os outros na frente. O preço a pagar pode ser a sua saúde e até a sua vida.  Mas sempre dá tempo de parar, reconhecer e respeitar o seu tempo. Experimenta e me conta!