O que fazer com seus objetivos quando o contexto muda?

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Você começou o ano bem: definiu seus objetivos de maneira clara, criou um plano de ação concreto e distribuiu as ações ao longo das semanas e meses seguintes. Mas aí veio a vida e te deu uma rasteira, como a que estamos vivenciando hoje, por exemplo. Esse poderia ser um post da série #CoronaDoAvesso mas eu resolvi falar sobre como lidar com mudanças de contexto usando uma visão mais ampla, sem me ater ao Corona. 

Mudanças no caso desse post podem ser qualquer coisa: o fim de um relacionamento, a notícia de uma gravidez, uma promoção, uma demissão inesperada no trabalho. Então vem ver o que fazer com seus objetivos quando as mudanças acontecem, para não cair naquela de autossabotagem e paralisação. 

Normalmente, quando definimos objetivos, levamos (ou deveríamos levar) em consideração nosso contexto de vida: nosso emprego, nossas relações, nossa configuração familiar, nossa rotina, papéis e responsabilidades. Nosso contexto nos ajuda a definir ações condizentes, a perceber onde podemos encontrar ajuda para o que precisamos e entender como as ações vão se encaixar na prática. 

Só que, quando muda o contexto, os objetivos ficam sem o alicerce em que foram construídos e podem ruir facilmente. Nós não podemos deixar isso acontecer! O que precisamos fazer então é revisar os objetivos. Algo saudável, aliás, para se fazer sempre (mensalmente ou bimensalmente) para não corrermos o risco de chegar o final do ano e descobrirmos que não conseguimos realizar nada do que desejávamos.

Mas como fazer essa revisão? Bom, vamos lá, a primeira coisa a se fazer é entender o novo contexto. Levantar novamente informações sobre todos aqueles pontos que eu comentei logo acima. Pode parecer simples, mas, no olho do furacão da mudança, a gente acaba não percebendo as sutilezas da situação e deixa muitos impactos de fora.

Depois de levantar informações e compreender o novo contexto, eu diria que o ideal seria listar novos objetivos, sem olhar os definidos anteriormente. Isso tira a pressão negativa de ver o que não será possível fazer, pelo menos em um primeiro momento. Você foca então em olhar para frente, dentro do novo cenário, e pra dentro, pra conhecer seus limites e necessidades.

Só então, eu recomendo revisar os objetivos anteriores. Percorrer em detalhe a lista de objetivos antiga e ver se algo pode ser aproveitado ou adaptado para o novo contexto. Você podia estar planejando um evento presencial que agora não faz sentido, mas ainda pode ser importante, o que leva a tendência de não abandonar o objetivo em si mas sim pensar em alternativas criativas para ajustar para o novo momento, percebe? 

Exercitar o pensamento criativo te ajuda bastante nesse momento de adaptações aliás, e os seus objetivos passam também por esse caminho. "E se..." passa ser uma pergunta bem importante para estimular a imaginação se transpondo para o que você imagina que atenderia as necessidades dessa nova realidade.

Pra finalizar, vem a organização.  Para dar conta de encaixar os planos, montar uma nova rotina envolvendo a evolução das ações e para monitorar a realização deles. A organização está na verdade em todos os passos anteriores, mas nesse final ela vem para dar estrutura e amarrar as pontas desse processo.

O mais importante é que você não perca a motivação e a esperança. Que tal colocar em prática esse passo a passo usando como base os objetivos que você definiu lá no início do ano?



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