Como lidar com os deslocamentos

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A pandemia não acabou, mas boa parte das atividades estão voltando ao presencial. As aulas, os atendimentos médicos de rotina, o trabalho, as burocracias (algumas dessas podiam ter se mantido no online e eu não iria reclamar, mas faz parte). Com a volta ao presencial, voltamos a gastar tempo com deslocamentos, não é verdade? Então bora relembrar como podemos lidar melhor com isso.

O que costuma acontecer é a gente menosprezar o tempo que gastamos em deslocamentos. A gente não considera no nosso planejamento da semana. E aí, o que acontece é que pega um trânsito, o metrô para, chove, sei lá mais o que, e o que era pra ser 10 minutos vira meia hora, uma hora. Já aconteceu contigo? Comigo sim e foi o que me fez aprender a organizar melhor minha rotina.

Tem também aqueles deslocamentos que a gente já sabe que são grandes e já considera como "tempo perdido" o que também é um desperdício danado porque poderiam ser usados de outra maneira menos estressante, convenhamos.

Parece bom demais pra ser verdade, não é? Mas é possível lidar com os deslocamentos de um jeito mais produtivo. E isso começa por mapear esses momentos na sua rotina. Quais das suas atividades são realizadas fora de casa? Quanto tempo você normalmente leva para se deslocar até cada um de seus compromissos? Faz a experiência de monitorar por um dia (vale dar print no celular quando sair de casa e outro quando chegar no lugar, ou até colocar um temporizador, porque não?) só pra ter uma noção básica.

Não é pra ficar obsessiva com isso do tempo, é para ter uma ideia do que isso representa no seu dia a dia. Algumas clientes de consultoria já se surpreenderam ao perceber que cerca de 10% do seu dia era dedicada a deslocamentos (2 horas e meia mais ou menos...e tem gente que fica muito mais).

Se você sabe mais ou menos quanto tempo leva para ir a algum lugar, pode observar também o contexto e verificar se mudanças nesse contexto afetam esse tempo de deslocamento. Por exemplo: se chove, se você acorda alguns minutos mais tarde, se muda o caminho...é normal que coisas do tipo possam fazer variar substancialmente esse tempo e por isso vale considerar essas variáveis no seu planejamento.

Planejar sua semana contando com o deslocamento significa reservar um intervalo entre as atividades que envolvem esse deslocamento ou mesmo criar um bloco de tempo para isso, já prevendo aquele extra dos imprevistos. Se você deixa seus filhos na escola 8h não pode dizer que começa a trabalhar as 8h, não é verdade? Em alguns casos você pode só começar 9h por causa do deslocamento.

Por outro lado, como classificar e entender esse tempo na sua distribuição de vida sem correr o risco de cair na categoria desperdício? A minha sugestão é dar um outro significado e aproveitar para fazer algo que você gosta. Claro que depende se você está dirigindo ou no carona, se tem muita gente em volta ou está sozinho...mas, tenho certeza que você já entendeu meu ponto.

Você pode colocar o fone ou ligar o rádio e ouvir música, pode assistir um episódio de uma série, pode ver vídeos informativos ou canais de notícias, escutar podcasts, conversar com um amigo, ler um livro (fazia isso muito no metrô antigamente), escrever, planejar, fazer o exercício de tirar tudo da cabeça, meditar, ou simplesmente não fazer nada intencionalmente.

A ideia é aproveitar e considerar esse tempo no seu planejamento. Olhar para ele com carinho e cuidado, perceber as suas necessidades e equilibrar melhor a sua rotina ou otimizar seu tempo.

O que você acha? Vamos colocar em prática e exercitar um novo olhar para a sua rotina e seus deslocamentos? Experimenta e me conta aqui nos comentários.

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