Cuidado com os objetivos gigantes

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Quando a gente pensa sobre nossos objetivos, o céu é o limite, não é verdade? Os objetivos derivam de sonhos, desejos pessoais que são gostosos pra gente, coisas que vão nos trazer felicidade. Natural que sejam grandes e maravilhosos. Mas na hora da gente colocar eles em prática, é bom tomar cuidado com isso. E esse é o tema aqui hoje.

Eu já vi objetivos de vários tipos, tamanhos e formatos em diferentes áreas da vida. Trabalhando com consultoria em organização pessoal, sempre falamos sobre objetivos. Eles são importantíssimos no nosso processo de organização, priorização, administração do tempo. Os nossos objetivos, e o quanto estamos caminhando em direção a eles, interferem totalmente na nossa disposição, percepção do tempo e sensação de produtividade.

Vendo tantos objetivos ao longo do meu trabalho aqui na Avesso do Caos, eu percebi que um dos maiores problemas para realizá-los de fato tem a ver com o tamanho que ele representa pra gente. Quanto maior, mais amedrontador ele fica. Ou melhor, quanto mais ele ganha em importância ou em complexidade, mais ele nos paralisa. E isso pode ter a ver ou não com as as expectativas associadas.

Você já percebeu isso com você? É muito comum a gente chegar no final do ano por exemplo, olhar para nossos objetivos e ficar frustrado ao não tê-los realizado. E quando a gente se pergunta porque (aliás, faça isso, muita gente nem faz, define os próximos e segue adiante), acaba percebendo que até fez algo mas não alcançou exatamente o que queria. Ou chega à conclusão de que nem era possível mesmo de ser feito, o que acaba nos deixando mais aliviados mas nos afasta da origem do problema. 

Eu acredito que o maior problema com os objetivos (além da autossabotagem) é que tudo bem eles nascerem gigantes, mas se eles permanecerem assim fica complicado demais realizá-los. Eles nos assombram e vão ficando maiores ainda, nos perseguem e nos deixam estressados, frustrados e preocupados.

Mas calma, sempre tem um jeito de deixá-los menos assustadores, menos complexos e mais leves, claros e concretos.

Um bom jeito de conseguir isso é mergulhando neles, entendendo porque eles são importantes pra gente, refletindo sobre seus impactos na nossa vida, ampliando o olhar para as estratégias existentes para alcançá-los.

Um outro jeito é destrinchando ele em atividades menores e espalhando elas ao longo do tempo. Um passo por vez aquilo que era gigante fica pequenino. Só não pode deixar de lado a visão do todo e é importante acompanhar os avanços e os resultados pra perceber se você continua no caminho certo.

Outro jeito é planejando grandes marcos de conquista. Agendando consigo mesmo as ações principais e seus prazos e se organizando para colocá-los em prática. Grandes gestos para grandes objetivos, pode ser uma boa estratégia se o tamanho não é algo que te assusta.

É sempre bom lembrar que o caminho para cada um pode ser diferente. E tudo bem. Não existe fórmula mágica, viu? 

E tem mais, o que você vê como gigante para outra pessoa pode ser bem pequeno e vice-versa. O que interessa é a perspectiva de quem definiu o objetivo e vai ser responsável pelas ações para alcançá-lo, combinado? Aliás, se forem pessoas diferentes na definição e na execução é importantíssimo um alinhamento e esclarecimento das expectativas de ambos.

Outra coisa importante: teste de realidade. Antes de definir para um objetivo plano de ação e prazos, é importante checar se ele é viável. Se tem a ver com sua rotina, se encaixa na sua realidade, momento e contexto de vida. 

O ponto principal aqui é: cuidado! Sem afobamento e sem paralização, encontre o seu jeito de lidar com os seus objetivos. Clareza e organização, combinado?

Se precisar de ajuda com eles, me chama. Tenho algumas ferramentas na consultoria que podem ajudar com isso. 

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