Como distribuir as tarefas de casa?

Vivemos sobrecarregados ultimamente não é verdade? E é muito comum ouvir isso principalmente relacionado às tarefas de casa. Os filhos não ajudam, o companheiro não participa, os funcionários não são proativos...essas são reclamações que eu escuto muito de clientes e amigas e que de vez em quando eu mesma acabo fazendo por aqui (quem nunca?). O post de hoje então é para a gente conversar sobre a distribuição organizada das tarefas de casa.

Eu poderia ficar um tempão aqui falando sobre como é injusto o papel que recai sobre a mulher nas tarefas domésticas, mas eu não vou fazer isso. Não aqui e não hoje. Estamos em um movimento saudável de questionamento desse lugar que foi direcionado às mulheres e sou super parte disso (não sei e nem faço questão de saber cozinhar por exemplo e ninguém morreu de fome aqui em casa por causa disso) mas hoje eu quero focar em outros pontos que também fazem diferença na hora da distribuição de tarefas.

Uma ciosa que é importante a gente lembrar é que uma casa é um lugar de convivência e todos que moram nela são responsáveis por mantê-la como esse lugar de bem-estar, acolhimento e saúde. Para isso, é preciso cuidar da organização, da higiene, da manutenção dos móveis, equipamentos, pintura, instalações elétricas, etc. Enquanto todos na casa não se sentirem donos da casa, a distribuição dificilmente vai acontecer.

E como a gente faz isso? Conversando (sem brigar, só conversando mesmo, procurando saber como cada um se sente em casa, o que gosta o que não gosta) e entendendo o que envolve fazer da casa esse cantinho que a gente gosta tanto e é tão importante pra gente.

Pode parecer bobo, mas muitas pessoas não sabem o que é preciso fazer para a casa funcionar. E sabe porque? Porque quem se responsabiliza por isso muitas vezes não tem paciência de ensinar e cobra que aquilo seja feito como se fosse óbvio! Sério, isso acontece bastante.

Para organizar então é importante listar tudo o que vocês enquanto moradores da casa (todos) consideram importante para que a casa seja do agrado de vocês. Quais as atividades necessárias pra vocês? Fazer a cama? Varrer a casa? Passar pano? Guardar os brinquedos? Lavar as louças? Lista tudo, ainda que pareça óbvio.

Uma coisa que você vai perceber é que algumas pessoas se incomodam mais com algumas coisas do que com outras. Para alguns manter a casa limpa todo dia é super importante enquanto para outras é mais importante ter as coisas no lugar e basta limpar uma vez por semana, percebe? Como cada um vê essas prioridades ajuda muito na hora de distribuir as tarefas. Porque quem se sente incomodado vai dar mais valor àquela atividade em questão.

Quando listar as atividades, leiam juntos e tentem chegar a uma conclusão com relação à periodicidade necessária. Será que é preciso lavar roupa todo dia ou podemos concentrar duas vezes por semana? E lavar as janelas? De quanto em quanto tempo é o ideal para nós? Perceba que estou sempre sinalizando que o que vale é o que vocês acham disso e não o senso comum ou o que as revistas de casa e redes sociais distribuem em tabelas como o ideal!

Entendam então a disponibilidade de tempo de cada um. Como está a rotina durante a semana? Quanto tempo cada um pode dispor para cuidar desses ambientes comuns? E, além disso, com quais atividades das listadas cada um se sente mais confortável e disposto a contribuir? Se a gente já chega impondo uma distribuição isso provavelmente não vai funcionar. As pessoas precisam participar desse processo para assumirem essa responsabilidade. É um processo de negociação mesmo.

Quando as tarefas de cada um e as periodicidades forem definidas vocês podem montar um quadro semanal ou mensal e colocar em um lugar onde todos possam ver e acompanhar. Um pode ajudar o outro, claro, a partir de sua disponibilidade e desejo também. Mas a responsabilidade de cada um foi definida claramente, percebe?

Já quando se trata de funcionários, é importante lembrar que apesar de ser importante que as coisas sejam feitas seguindo o padrão e necessidade dos moradores, algumas coisas podem ser vistas levando em conta o olhar de quem usa. Por exemplo, algumas pessoas nem chegam perto da cozinha e pagam alguém para fazer isso mas exigem que essa pessoa mantenha os objetos organizados de uma maneira bela mais pouco prática para a funcionária. Não faz sentido! É importante que quem usa possa participar dessa definição também, sabe? A organização interfere bastante na funcionalidade dos ambientes e vice-versa.

Bom, acredito que com essas dicas você possa conseguir elaborar uma distribuição de tarefas mais leve e colaborativa. Já faz assim por aí? Me conta aqui nos comentários! E se ainda não faz, experimenta e me conta!