Vulnerabilidade e crescimento

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Porque é tão difícil pedir ajuda? Porque a gente tem tanto medo de expor nossas vulnerabilidades e nos mostrar inteiros? Hoje eu quero falar sobre isso e sobre como isso pode estar te impedindo de ter a vida que você deseja, inclusive essa vida leve, organizada e produtiva de que eu tanto falo aqui.

Toda segunda feira eu abro uma caixinha de perguntas nos stories do Instagram. Todo dia tem post novo nas minhas redes e eu respondo praticamente todos os comentários que as pessoas colocam neles e procuro no privado caso entenda que tem algo mais profundo. E-mail, whatsapp, existem diversas formas disponíveis para ajudar, além da contratação dos meus serviços (consultorias) e produtos (ebooks ou cursos). Mas muita gente tem uma dúvida, sente uma dificuldade, precisa de ajuda e não faz nada para não se expor. Comigo, ou com quem quer que seja.

Acontece muitas vezes também de eu receber um e-mail de alguém dizendo que admira o meu trabalho, mas que eu nunca vi comentando nas minhas postagens ou nunca interagiu comigo diretamente antes. Isso pode ter a ver com as pessoas não se darem muito bem com a tecnologia ou não entenderem a importância que um comentário tem pra quem produz conteúdo, mas minha aposta é que vai muito além disso. Tem um medo de se expor, uma vergonha de se mostrar vulnerável.

Eu não sou entendedora sobre o assunto, prefiro deixar vocês com os vários livros da Brené Brown sobre origens e nuances da vergonha. Mas a minha terapeuta sempre fala que a vergonha é um sentimento difícil mas que o primeiro passo é olhar pra ela. A vergonha cresce quando a gente foge do que tá sentindo, porque o objetivo mesmo dela é impedir a gente de se conectar com o que estamos sentindo bem lá no fundo.

E aí a gente entra na verdade no ponto principal. Na nossa dificuldade de acolher o que sente e pedir, eventualmente, ajuda para lidar com isso. Até porque, se nem você consegue lidar e aceitar o que sente, imagina compartilhar isso com mais alguém! 

Mas aí é que está a questão. Fugir não adianta. E, muitas vezes, é pedindo ajuda ou desabafando que a gente processa o que está sentindo e começa a enxergar maneiras de lidar com o que quer que esteja acontecendo com a gente. E é aí que o seu desenvolvimento acontece, a partir do aprendizado, do desconforto, reconhecendo e respeitando seus limites.

Vivemos uma fase difícil em que todo mundo anda muito cheio de opinião e julgamento e isso acaba inibindo a gente. Mas no meio de tanta gente pode surgir uma ideia interessante que te acrescenta e amplia o seu olhar. A opinião do outro não precisa ter tanto impacto e provavelmente não terá se você puder desenvolver mais empatia por você mesmo primeiro. 

Você não deve nada a ninguém, além de respeito. E pra respeitar o outro, você precisa acolher e respeitar a si mesmo. Se conectando com suas vulnerabilidades você faz as pazes com partes de você que podem te ajudar a passar pelas dificuldades da vida e pode se conectar com outras pessoas que podem te ajudar de diversas maneiras. Experimenta e me conta. 

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