Você, inteiro!

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"Metade de mim é amor e a outra metade também" Oswaldo Montenegro

Já escutou essa música? Ela fala um pouco sobre a nossa tendência de dualidade, de quebrar a gente mesmo em metades, provavelmente uma maneira de digerir nossas inconsistências. Somos meio paradoxais e isso nos deixa inseguros as vezes. Só que é importante aceitar cada parte de você que te faz inteiro. Vem comigo entender a importância das partes de você no todo que é você.

Talvez a clássica divisão da gente mesmo seja entre trabalho e a dita "vida pessoal". Como se fossem duas coisas separadas que não se conversam. Como se trabalho não fosse parte da vida de uma pessoa. Já parou pra pensar que todas as outras áreas da vida precisam estar juntas e a única que pode se destacar é o trabalho? Eu sugiro que a gente pare de uma vez por todas com isso! Temos muito mais partes nas nossas vidas e só o equilíbrio entre elas nos faz inteiros. 

Tem quem trabalha, tem quem estuda, tem quem se dedique a relacionamentos, tem quem se importe com a família, tem quem nutra um hobbie, tem quem tenha vida social e lazer, tem quem se importe em acompanhar a vida financeira, tem quem cuide da casa, tem quem se dedique a vida espiritual, tem quem se importe com a saúde, auto-cuidado e desenvolvimento pessoal. Soou estranha essa frase? Espero que sim. Porque não faz sentido ter que escolher nenhuma dessas coisas em detrimento das demais. Todas são importantes, ainda que não pra todo mundo.

Em uma das primeiras atividades em um processo de coaching e também na minha consultoria em organização (seja de vida ou de negócio), eu peço que os clientes listem as áreas de suas vidas que consideram importantes e que contribuem para o seu bem estar total. Era pra ser uma atividade fácil, afinal é a vida que eles levam diariamente. Mas, na prática, não é tão simples assim. As pessoas vão esquecendo essa multiplicidade, essa riqueza de aspectos, as coisas que as fazem ser quem são. Se resumem ao trabalho ou aos filhos e se perdem.

Não dá pra organizar o que não está visível. A gente precisa primeiro reunir as coisas, entender o que é importante. É a partir daí que vem a clareza necessária para definir objetivos e para estruturar uma rotina leve e produtiva. E se tudo começa dessa clareza, investe um tempinho então listando tudo o que te faz feliz e é importante para você e agrupa  para identificar as áreas da sua vida. Esses são os seus indicadores de felicidade. É a interação entre elas que te faz inteiro.

Classifique e determine então uma nota para cada área. Quão satisfeito você está com cada uma? O quanto tem se dedicado a cada uma? Ver isso claramente te ajuda a ganhar perspectiva, a clarear as ideias. As vezes bate um desespero quando as notas estão baixas. Mas ainda assim é melhor a consciência das notas baixas do que uma insatisfação impossível de nomear.

Vamos começar o ano olhando para a realidade e agindo para nos equilibrarmos inteiramente? 
Com organização é super possível. E se estiver difícil por aí, eu posso ajudar.

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