Lives e Autoconhecimento

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Música, bate papo, teatro, entrevistas, notícias, desafios, aulas, palestras...as lives viraram um fenômeno durante a quarentena e estão em toda parte. Mas e como lidar com toda essa oferta de conteúdo e como isso impacta a sua vida? Quanto tempo isso vai durar e será que é bom embarcar nessa? Tem é assunto pra esse post de hoje da série #CoronaDoAvesso

Conversando com a psicóloga Beralda Lima em um bate papo que gravamos na 3D Ordem para profissionais de organização, ela comentou que as lives vêm um pouco da necessidade das pessoas de serem vistas para sentirem que existem. Como estamos todos isolados, precisamos saber que ainda fazemos parte de algo e as lives possibilitam isso, tanto para quem faz quanto para quem assiste e tem seu comentário lido ou recebe um oi de quem conduz a programação. 

Talvez isso justifique o aumento das lives nesse momento. Aumento esse aliás que só contribui com aquela sobrecarga que já conversamos aqui. E não por acaso eu escolhi esse momento para fazer a minha primeira live. Tanto como convidada (e lá se foram 7, até o momento) quanto como organizadora (A primeira sobre ser mãe na quarentena está no youtube e em Junho estão rolando outras com convidados comemorando os 5 anos da Avesso do Caos). O Caos tá aí e é um bom momento para falar de ordem.

Mas tem outro aspecto do aumento das lives que quero comentar aqui. O fato de ter lives de todo tipo e com várias pessoas diferentes nos coloca um cardápio variado na nossa frente. E precisamos escolher.

Sim, porque é humanamente impossível dar conta de tudo. E a única forma de lidar com isso é escolhendo. E para escolher é preciso priorizar. E para priorizar, é preciso mergulhar em si mesmo. É, mais uma vez o autoconhecimento, auto-observação.

Pra aproveitar a oferta de conteúdo gratuito você precisa saber o que você curte. E se não sabe, buscar descobrir. 

Isso envolve experimentar, talvez assistir uma live de cada tipo e de vez em quando de pessoas diferentes para ir percebendo o que faz sentido para você. Isso envolve investigar o que você está precisando no momento também. Em dias em que estou mais cansada quero uma live que me distraia e me faça rir, em dias que estou mais disposta busco algo de alguma referência das área em que quero aprender e aprimorar habilidades. 

Se a gente puder acolher nossas necessidades e encarar esse volume todo como uma oportunidade de desenvolvimento pessoal, as coisas ficam melhores.

Há quem reclame das lives. Você pode ser um deles. Mas você reclama das lives ou da impossibilidade de acompanhar todas as que você gostaria? Você reclama do formato ou do conteúdo de algumas pessoas em especial que estão usando o modelo mas não têm nada a dizer e te fazem perder tempo? O problema está nas lives ou no seu distanciamento das suas próprias necessidades?

Pensa bem, porque lidar bem com as lives e com qualquer outro formato de conteúdo tem a ver com autoconhecimento. Tem a ver com seu momento, sua vida, seus desejos e necessidades. As lives vieram para ficar, o que você vai fazer com isso é uma escolha sua.

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